LEVÍTICO - Capítulo 26
1
[719†] «Não devem fazer ídolos nem levantar estátuas, nem outros monumentos, nem colocar na vossa terra pedras votivas , para se inclinarem diante dessas coisas . Pois eu é que sou o SENHOR, vosso Deus.
2
[723†] Observem o descanso do sábado em minha honra e respeitem o meu santuário. Eu sou o SENHOR.
3
[724†] Se seguirem as minhas leis e puserem em prática os meus mandamentos,
4
[725†] eu hei de dar-vos a chuva na altura própria, para que a terra produza boas colheitas e as árvores frutos com abundância.
5
[726†] [727†] Hão de ver que a debulha do trigo vai durar até à vindima e a vindima até à sementeira. Terão comida com fartura e poderão viver seguros na vossa terra .
6
[729†] [730†] Darei a esta terra tempos de paz, de modo que possam dormir sem sobressaltos; afastarei dela as feras e as guerras não voltarão a passar pela vossa terra.
7
Os vossos inimigos, perseguidos, cairão derrotados na vossa frente.
8
[731†] Cinco dos vossos chegam para pôr em fuga cem inimigos e cem dos vossos bastam para pôr em fuga dez mil. Os vossos inimigos cairão derrotados à vossa frente.
9
[732†] Eu cuidarei de vós e farei com que cresçam e se multipliquem e manterei a aliança que fiz convosco.
10
[733†] Comerão do que têm armazenado há muito tempo e terão mesmo que deitar fora os restos, para arranjar espaço para as novas colheitas.
11
[734†] [735†] Vou estabelecer a minha morada no vosso meio e não mais me hei de aborrecer convosco.
12
[736†] Andarei convosco; serei o vosso Deus e vós sereis o meu povo .
13
[738†] [739†] Eu sou o SENHOR, vosso Deus, que vos tirou do Egito, onde eram escravos; quebrei as correntes que vos subjugavam e dei-vos a possibilidade de caminharem de cabeça erguida.»
14
[740†] «Mas se não me escutarem e não cumprirem todos estes mandamentos;
15
[741†] se desprezarem as minhas leis e se aborrecerem dos meus decretos, não cumprindo os meus mandamentos e sendo infiéis aos compromissos da minha aliança,
16
[742†] [743†] então eu vou tratar-vos da seguinte maneira: enviarei contra vós terror, a fraqueza e a febre, que vos vão tirar a vista e consumir a vida. Hão de semear inutilmente os vossos campos, pois os inimigos virão comer a colheita.
17
[744†] [745†] Hei de virar-me contra vós e sucumbirão diante dos vossos inimigos, cairão sob o domínio dos vossos adversários. Terão de fugir dum lado para o outro, mesmo sem ninguém a perseguir-vos.
18
[746†] E se, mesmo assim, não me quiserem escutar, hei de castigar os vossos pecados sete vezes mais duramente.
19
[747†] Para quebrar o vosso orgulho e arrogância, farei com que o vosso céu se torne semelhante ao ferro e a vossa terra igual ao bronze.
20
[748†] As vossas forças ficarão reduzidas a nada, porque a vossa terra deixará de produzir e as vossas árvores deixarão de dar fruto.
21
Se continuarem a mostrar-se teimosos contra mim, não querendo escutar-me, dar-vos-ei um castigo sete vezes maior ainda.
22
[749†] [750†] Mandarei contra vós as feras, que vos deixarão sem filhos, matarão os vossos animais e vos dizimarão, deixando desertos os vossos caminhos.
23
[751†] Se, mesmo assim, não aprenderem e continuarem teimosos contra mim,
24
[752†] também eu me porei contra vós e voltarei a castigar-vos sete vezes mais pelos vossos pecados.
25
[753†] [754†] Atirar-me-ei contra vós com a espada vingadora da minha aliança, de modo que terão de refugiar-se nas vossas cidades. Mandarei então a peste contra vós e terão que entregar-se aos vossos inimigos.
26
[756†] [757†] Farei com que fiquem sem pão: dez mulheres poderão fazer a sua cozedura de pão ao mesmo tempo, no mesmo forno, e tocará um bocado tão pequeno a cada um, que comerão e não conseguirão matar a fome.
27
[758†] Se, mesmo assim, me não escutarem e continuarem teimosos contra mim,
28
[759†] então eu atiro-me contra vós com furor e castigo-vos sete vezes mais ainda pelos vossos pecados.
29
[760†] Terão que comer a carne dos vossos próprios filhos.
30
[761†] [762†] Destruirei os vossos altares pagãos, quebrarei os vossos altares de incenso e amontoarei os vossos cadáveres sobre os dos vossos falsos deuses e terei nojo de vós.
31
[763†] Devastarei as vossas cidades e arrasarei os vossos santuários e os vossos sacrifícios deixarão de me agradar.
32
[764†] Eu mesmo destruirei o país, de modo que os vossos inimigos, ao virem para o ocupar, ficarão espantados diante dele.
33
[765†] Correndo atrás de vós com a espada, hei de espalhar-vos por entre os outros povos; a vossa terra ficará deserta e as vossas cidades reduzidas a cinza.
34
[766†] Então a terra poderá gozar o seu descanso sabático. Enquanto ela se encontrar deserta e estiverem no meio dos vossos inimigos, a terra poderá gozar o descanso dos anos sabáticos .
35
[768†] Poderá assim descansar por todos os anos sabáticos que não teve, enquanto estiveram instalados nela.
36
[769†] Aos que sobreviverem farei com que sintam tanta angústia no meio dos vossos inimigos que o simples barulho duma folha ao cair vos porá em fuga, pensando que alguém vos estava a perseguir com uma espada, mesmo que ninguém vos persiga.
37
[770†] [771†] Tropeçarão uns nos outros, como se estivessem a ser perseguidos, mesmo sem o serem, e nunca mais se conseguirão levantar diante dos vossos inimigos.
38
Por lá hão de morrer, entre os vossos inimigos, e a sua terra vos há de devorar.»
39
[772†] «Os que conseguirem sobreviver na terra dos vossos inimigos irão pouco a pouco desfazendo-se, por causa das vossas culpas e também das dos vossos antepassados.
40
[773†] Mas um dia, reconhecerão que tanto eles como os seus antepassados são culpados e que me foram infiéis e teimosos contra mim.
41
[774†] Por esse motivo é que eu me mostro também teimoso para com eles e os mando para a terra dos seus inimigos, para ver se o seu coração infiel se quer humilhar e aceitar o castigo do seu pecado.
42
[775†] Então hei de lembrar-me da minha aliança com Jacob, com Isaac, com Abraão. Hei de lembrar-me da terra ,
43
[777†] que, deserta e abandonada pelos habitantes, estará a gozar o descanso dos anos sabáticos, enquanto eles sofrem o castigo pela sua culpa, por terem desprezado os meus decretos e aborrecido as minhas leis.
44
[778†] Contudo, mesmo quando eles se encontrarem exilados na terra dos seus inimigos, eu não os rejeitarei nem os aborrecerei até ao ponto de os destruir e de romper a aliança que fiz com eles, pois eu sou o SENHOR, seu Deus.
45
[779†] Hei de lembrar-me que é também para eles a aliança que eu fiz com os seus antepassados, quando os tirei do Egito, à vista de todos os povos, para ser o seu Deus. Eu sou o SENHOR!»
46
[780†] Estes são os preceitos, decretos e leis que o SENHOR, no monte Sinai, estabeleceu, por meio de Moisés, como obrigações da aliança entre ele e os israelitas.